MaXXXine (2024) — Review.

O terror com novo subgenero chamado miga sua louca!

Fausto
4 min readJul 23, 2024

Quando me deparei com X (2022) fiquei com um mix de emoções, talvez tenha gostado mais da parte pornochanchada do que o terror e toda a matança. Assistindo pela segunda vez, acredito que me deparei com um clássico. O mesmo com a sequencia que na verdade se trata de uma préquela que é Pearl (2022), que não me agradou o terror, mas sim Mia Goth, o filme é dela, concretizando o que sua personagem não conseguiu, Mia é uma estrela. Agora com o fim dessa louca trilogia o diretor Ti West nos traz MaXXXine (2024)?

Na década de 1980, em Hollywood, a estrela do cinema pornográfico Maxine Minx tem sua grande chance de atingir o estrelato. No entanto, um misterioso assassino em série persegue as celebridades de Los Angeles e um rastro de sangue ameaça revelar o passado sinistro de Maxine.

O terror atualmente tem se apegado a lendas de creepy pasta de foruns da internet da década passada, matanças sanguinolentas com personagens infantis e qualquer uma critica fraca sobre o status quo norte-americano. A trilogia X veio com muita referência estética de filmes de terror consolidados das décadas passadas e muita coisa nova sobreposto a muito gore e narrativas aceleradas e interessantes.

Ti West já tem o seu portifólio consolidado, a sua direção é forte concisa junto com uma equipe que ele consegue liderar, nós estamos no sul macabro a la Massacre da Serra Elétrica (1974) misturado com filme de sexploitation e tambem podemos estar num belo rancho com nunaces de Mágico de Oz (1939) e agora ele nos da uma imersão gigantesca nos anos 80 em Maxxxine, Neons, roupas com ombreiras, calças de cintura alta, leggings, jaquetas de couro e a cultura pop em alta. Ti West tem um grande futuro como realizador, atento a todos os detalhes e sem ansiedade, seu estilo Dario Argento wannabe vai longe.

Sua companheira, a neta da Maria Gladys, Mia Goth, tem caras, bocas e gritos que ultrapassam a necessidade do gênero. Talvez seja o tempo que ela ficou casada com o Shia Labeouf ou o seu sangue brazuca, Mia é extraordinária no que faz, você vê ela nas entrevistas toda segregada de sentimentos e de frente as câmeras se torna o que quiser. Com ou sem Ti West, Mia facilmente estará nas proximas premiações de tantar galgar outros gêneros fora o terror.

Agora sobre o filme em si. O mais fraco da trilogia, nem parece que faz parte de X ou Pearl na verdade, a não ser por alguns flashbacks, o longa só parece estar aqui para cumprir tabela. A personagem ainda quer ser uma estrela, mas diferente dos outros filmes, ela consegue e não traz nada de incrivel para a história em si. Tudo é muito frágil e com referências fracas como a casa de Psicose (1960) e por vezes cenas parecidas com Dublê de Corpo (1984). O roteiro vocêconsegue matar no começo e você fica até chateado por estar certo. Ti West teve o maior orçamento e uma gama de estralas em seu elenco. Só que visivelmente nada é aproveitando e isso destrói muitos diretores novatos bons ques saem do indie e vão para o mainstream.

Tudo é muito visual e morre por ai. É tipo daqueles filmes que se sustanta pelo barulho e por trailers bafonicos. Um gênero foi criado, o terror do Twitter (ou X), muito barulho por nada vindo do sucesso dos terrores antigos, mas não chega a lugar nenhum, uma trend em forma de filme, cheia de propaganda para gritos de “uau esse vai abalar”, “nossa que loucura” “meu você viu isso” “ai que badalo” e algo do tipo “que hype esse da Mia”. Antes que eu começa a falar igual o linhagem geek, vou adiantar que podia ter mais lacração, pelo menos teria alguma coisa, o longa não entrega realmente nada, o maior susto mesmo não é quando ela amassa as bolas de um bandido do nada, o verdadeiro susto é a falta de paixão e alma do longa.

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Fausto

Análises frias, as vezes com um pouco de ódio e profundidade ousada sobre Cinema, livros e hq´s🎬📝🖊️ | intagram: @CineFausto7