Borderlands (2024) — Review.
Vamos começar com a sinceridade, nada de artifícios narrativos para criar uma questão infrutifera no inicio do texto. Esse filme realmente não deu certo. Não funcionou. Na verdade a velha e desgastada Hollywood não esta funcionando mais. Foram 150 milhões de dólares jogados pela janela. Eu nunca joguei os jogos que o longa foi baseado e talvez agora nem queira, mas não precisa. Nada pode ser feito, a culpa foi minha de assistir um filme que parece algo que a Marvel vomitou.
Uma infame fora da lei forma uma aliança inesperada com uma equipe de heróis. Juntos, eles lutam contra monstros alienígenas e bandidos perigosos para encontrar uma garota desaparecida que detém a chave para um poder inimaginável.
Erros simples e horriveis que não valem a pena serem listados. Vou ficar falando, o roteiro é ruim? As frases sem contexo? Cenografia fraca ou perucas feias? Ai me transformo num critico desses sites supers pops. Infelizmente ou felizmente não dá pra tirar nada ou fazer uma leitura maior do longa, nada. Nenhuma especulação teórica, nenhuma interpretação ou significado. Nem as musicas eu me lembro, deve ter até tido, por que eles queriam ser um Guardiões da Galáxia (2014), mas eu nem me lembro.
Kate Blanchet em uma entrevista, disse que aceitou esse papel na pandemia, a mesma disse que seu marido disse ser uma boa ideia, eu pediria divórcio, já podemos dizer que a sua carreira é clássica e seu nome esta no panteão do cinema, fazer isso não queima tudo que ela fez, mas foi feio, meio como Pacino com Jack and Jill (2011) e o Deniro depois de tudo que fez pós Rocky & Bullwinkle (2000), ela consegue se superar, mesmo depois da cena que ela cria asas e voa igual uma fênix maluca.
O resto do elenco só pode ser aproveitado pela Ariana Greenblatt, ela é um gole de vida no filme, logo pode nascer uma estrela, o resto é o Kevin Hart tentando atuar, umas aparições de comediantes e atores, um vilão descartável e vamos falar sério? Quem ainda ri do Jack Black em pleno 2024? Outro detalhe que achei engraçado doi quando vi as personagens do jogo de videogame e comparei com as atrizes, não quero ser etarista, mas por que colocar essas senhores no papel pertencente a adolescentes? Mesmo a Gina Gershon ainda sem nenhuma modéstia destruindo corações.
A crítica de cinema da Jacobin, Eileen Jones, maravilhosa por sinal, disse perfeitamente que o Eli Roth parece um diretor que acabou de sair da faculdade. Ele não tem noção alguma de enquadramento básica para fazer um filme. O incrivel que nas mais variadas entrevistas, esse cara fala de cinema de um modo assustador, suas referências e conhecimentos cinematográficos são infinitos, tenho como maior exemplo quando ele foi no Podcast norteamericano Tiger Belly, tive que pegar um caderno de anotações para inserir tanta coisa que ele mencionou em menos de 2 horas para colocar depois no meu Letterboxd.
Eli Roth é um anti-Tarantino, ambos possuem tanta memória e referências sobre cinema, mas na hora de colocarem em vigor, trabalharam totalmente um na contra mão do outro. Eli Roth consegue ser pior até que o outro aprendiz do Tarantino, o Robert Rodriguez. O Albergue (2005) é um bom filme, não dá pra esquecer, mas depois ele se deleita em uma filmografica vergonhosa. O diretor deve ser um cara legal e podia ser um critico de cinema, acredito que é mais fácil. Tudo isso me lembra até o Pablo Vilaça, que sabe tanto e fez dois curtas assustadores.
Tudo isso vai de mal a pior. O publico de criança e de adolescente está pouco se importanto para toda essa onde cinematográfica, os adultos infantis que consumem isso só são alimentados por nsotalgia, então longas como esse não vão dar certo. A velha Hollywood como o capitalismo vai se recriar e tambem se autodestruir.
O publico vai mudar em 10 anos e essa galera outrora jovem, vai estar mais velha e não vai mais ligar para grupos coloridos de colant e os velhos nostalgicos vão estar todos mortos ( assim se os deuses permitirem), então vão começar a refazer filmes que estrearam há pouco tempo atrás. Ouvi que vai ter uma série do Harry Potter. Que tristesa.
