007 — Sem Tempo para Morrer — Review.

Sem tempo irmão, são 3 filmes do James Bond em 1!

Fausto
4 min readOct 5, 2021

Para começar a falar desse filme, temos que rever os outros 4 filmes anteriores e comentar um pouco dos outros clássicos e filmes caricatos dos agentes anteriores. Daniel Craig foi muito criticado por ser loiro e o seu 007 agir diferente dos outros, não bebia o seu Martini, sangrava e o machismo do personagem havia sumido. Por isso o seu primeiro filme Casino Royale (2006) se tornou um clássico depois de algum tempo, mas o seu segundo filme Quantum of Solace (2008) existiu apenas, por isso Barbara Broccoli a herdeira de toda a saga quis voltar um pouco para as origens e Skyfall (2012) juntou os pontos bons positivos da saga e continuou a retirar os negativos que o agente insistia como a misoginia e todas as questões que já morreram pelo tempo e se criou um dos melhores filmes de toda a saga do agente inglês.

Esse novo James Bond mais humano, que se apaixona como George Lazenby que se casa no final do filme On Her Majesty’s Secret Service (1969) e o agente interpretado por Timothy Dalton em Licence to Kill (1989) que se aposenta de vez para ficar e se casar com a personagem de Carey Lowell, mas mesmo com essas referências, No time to Die (2021) trabalha muito melhor com esta questão de aposentadoria e romance verdadeiro.

CRAIG É UM DOS MELHORES BOND!

No Time to Die possui duas verdadeiras dificuldades para desenrolar em quase duas horas e meia, primeiro, resolver os problemas do seu filme antecessor Spectre (2015) onde mesmo com a direção de Sam Mendes, só criou confusão em quem assistiu e um outro problema era finalizar a carreira de um modo justo desse personagem em que Daniel Craig ajudou a melhorar.

Por isso o primeiro ato do filme é construído por entre fenômenos de ação muito bem realizados e paradas para respirar em que você novamente vê o lado humano do personagem, duas características que esse Bond/Craig tem de melhor e o que foi exatamente o que ele fez para a gente se apaixonar por esse personagem que tinha tudo para sumir pelas questões sociais que vivemos atualmente.

O segundo ato parece outro filme, você percebe aos poucos que você não consegue entender mais por onde os roteiristas querem nos levar, mesmo um deles sendo Phoebe Waller-Bridge, o filme se perde e não parece um filme do 007, mesmo com as questões sociais atualizadas, parece qualquer coisa em que Daniel Craig está e com muita preguiça.

FUTURO DO AGENTE.

Os outros personagens possuem muita alma, principalmente Lashana Lynch em que é a nova 007 e que eu rezo que tenha um filme spin-off e não seja introduzida do modo fácil que alguns produtores pretendiam fazer, ela é uma personagem diferente e merece o seu espaço. Já Ana de Armas por si só já está na lista das parceiras mais bonitas de 007, não querendo falar a nomenclatura pejorativa de “Bondgirl”, mas sua personagem Paloma é incrível e sarcástica.

Uma pena que não temos um vilão clássico para compor o filme, Rami Malek como Safin, está mais preocupado em fazer caras e bocas e com o seu sotaque falso, Naomie Harris não é a a mesma Moneypenny de Skyfall e Christoph Waltz com sua participação de Blofeld que só não é mais vergonhosa do que o fim do personagem em For Your Eyes Only (1981).

No ultimo ato, você se emociona e até ganha todas as questões novas em que o personagem se encontra e você não imagina que pode acontecer com o agente com licença para matar. O diretor Cary Joji Fukunaga não tem nada de mais, o personagem crido por Ian Fleming é o maior no final, mesmo que Daniel Craig fez o que nenhum outro ator fez, que é uma despedida digna, James Bond ainda vive.

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Fausto

Análises frias, as vezes com um pouco de ódio e profundidade ousada sobre Cinema, livros e hq´s🎬📝🖊️ | intagram: @CineFausto7